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CLA-Ácido Linoleico Conjugado
CLA-Ácido Linoleico Conjugado

CLA -Ácido Linoleico Conjugado

 
Esclarecimentos sobre o CLA – Ácido Linoleico Conjugado

ESTRUTURA QUÍMICA:
 
18 átomos de carbono com duas ligações duplas (C18;2) = a mesma fórmula química do ácido linoléico (nutriente lipídico presente na dieta), porém suas duplas ligações são conjugadas, separadas por uma ligação simples, enquanto no ácido linoléico, são separadas por duas ligações simples.
Existem ao todo 16 isômeros de CLA, sendo os mais comuns em níveis séricos nos humanos: 80% cis9trans11 e 10% trans10cis12 (em 20 a 10micromol/l)
 
BIOSSÍNTESE:
 
Ocorre naturalmente nos ruminantes através de processo de fermentação enzimática bacteriana do ácido linoléico, facilitado pela bactéria Butyrovibrio fibrisolvens.
Análises norueguesas da composição dos ácidos graxos da manteiga demonstraram que 0,7% dos AG do leite são CLA e 95% destes são cis9trans11.
 
PRODUTOS COMERCIAIS:
 
Derivados do aquecimento do óleo de girassol ou óleo de “thistle” (sem tradução), que é uma planta selvagem. Na maioria dos produtos de CLA, os ácidos graxos presentes estão na forma livre, mas nos produtos mais recentes estão ligados aos triglicerídeos.
 
PROMESSAS DOS FABRICANTES:
 
Componentes: cis9trans11 e trans10cis12, com as seguintes qualidades apresentadas pelos produtores: “redutor de gordura, anticarcinogênico, estimulador dos sistema imunológico e preventivo de aterosclerose e diabetes tipoII”.
Dosagem: 2 a 3,4 gramas/dia
Um dos argumentos que os produtores de CLA utilizam é que estes AGs ocorrem naturalmente, mas que os métodos modernos de produção de alimentos têm reduzido suas quantidades nos alimentos. Isto pode ser verdade para o isômero de CLA cis9trans11, mas não para o isômero trans10cis12, que ocorre em pequenas porções naturalmente e sua ingesta estimada pela dieta é de 4 a 34mg/dia. Ou seja, utilizando 3,4 gramas de suplemento, seu consumo aumenta cerca de 70 vezes (1462mg/dia)!! E para o isômero cis9trans11 pode ser cerca de 10 vezes maior que através de uma dieta normal.
 
ADVERTÊNCIAS:
 
A maioria dos produtos não adverte que gestantes não podem consumí-lo ( há relatos de bebês com baixo peso ao nascer), nem por lactantes (o leite fica reduzido em gorduras essenciais para o bebê), e que o consumo não deve exceder 5gramas/dia.
 

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
 
Devido a sérios efeitos colaterais (pancreatite, esteatose hepática, disfunção hepática e edema pulmonar) reportados por Stein Madsen (Fisiologista-chefe da Norwegian Medicines Authority), foi solicitado pela Norwegian Food Control Authority a uma comissão científica* uma revisão bibliográfica sobre os riscos da suplementação com CLA. 
*Margaretha Haugen, Rose Vikse, Jan Alexander – Do Instituto Norueguês de Saúde Pública, Depto de Toxicologia de Produtos Alimentícios, Divisão de Medicina Ambiental, Oslo.
O trabalho que então analisou 65 publicações científicas do mundo todo foi publicado em 20 de junho de 2003 com o título: “CLA (Conjugated linoleic acid) and adverse health effects; a review of the relevant literature”.

EFEITOS ESTUDADOS DO CLA:
No tecido adiposo:
a) Experimentos com animais:
CAMUNDONGOS: redução do tecido adiposo em até 50% quando recebiam uma  dieta contendo 1% de CLA por 28 a 32 dias. 
Vários estudos com ratos e camundongos documentaram redução de gordura com CLA. Porém Sisk et al realizaram trabalho com ratos Zucker obesos, com dieta a 0,5% de CLA por 5 semanas e constataram AUMENTO DO TECIDO ADIPOSO.
Pariza (Chefe do “Food Research Institute at the University of Visconsin”) tem estudado o CLA por 16 anos e descobriu estimulação do sistema imunológico em ratos, camundongos e pintos. Também relata que o isômero de CLA trans10cis12 tem efeito de redução da absorção de gordura pelos adipócitos in vitro, ou seja, fora do organismo. Este mecanismo é devido à supressão das enzimas LIPASE LIPOPROTEICA e ESTEAROIL –CoA DESATURASE.
Os triglicerídeos (=lipídeos) e glicerol (o glicerol, quando ligado a três moléculas de ácidos graxos, forma o triglicerídeo) são reduzidos dentro das células ao mesmo tempo em que a liberação do glicerol é aumentada. => NÃO SE SABE O QUE OCORRE COM OS ÁCIDOS GRAXOS QUE NÃO SÃO TRANSPORTADOS PARA O TECIDO ADIPOSO. 
Comentário: Provavelmente se acumulam no fígado, o que se vê em outros trabalhos científicos que relatam ESTEATOSE HEPÁTICA.
Estudo com camundongos-fêmeas com 1% de CLA por 8 meses: 
- completo desaparecimento do tecido adiposo marrom (ao contrário do tecido adiposo branco, o marrom é metabolicamente ativo, ou seja gasta mais calorias);
- redução da leptina do sangue (justo uma substância que controla o apetite!!);
- acumulação massiva de gordura no fígado (= esteatose hepática);
- desenvolvimento de resistência à insulina (que pode levar ao diabetes tipoII).
Tsuboyama-Kasaoka et al: camundongos que recebiam 0,4% de trans10cis12-CLA por 4 semanas desenvolveram lipoatrofia, aumento da gordura hepática e hiperinsulinemia.
Cis9trans11-CLA acumula mais que o isômero trans10cis12 no fígado, pele, ossos e fosfolipídeos plasmáticos.
 
b) ESTUDOS COM HUMANOS – 14 estudos citados na PubMed
Blankson et al.: estudo com 60 pessoas com sobrepeso, divididas em 5 grupos, sendo 4 com suplementação de CLA em quantidades diferentes e um grupo placebo, usando azeite, por 12 semanas: não houve redução significativa no peso corporal, mas todos os grupos mostraram uma redução na gordura corporal. Porém o HDL colesterol (o bom) reduziu.
Berven et al: estudo com 60 pessoas com sobrepeso (IMC entre 27,5 a 39 kg/m2), sendo metade usando 4,5gr de CLA/dia e a outra o mesmo com azeite., por 12 semanas: não houve diferenças nas enzimas hepáticas, lipídeos sangüíneos, variáveis hematológicas ou eletrólitos. Porém 6 participantes desenvolveram diarréia e gastrite.
Prof. Vessby – Uppsala: vários estudos.
Um deles: 24 homens com sobrepeso (IMC de 32kg/m2) e síndrome metabólica: usando 4,2 gr/dia por 4 semanas: o diâmetro do abdômen reduziu em 0,6cm.
Outro estudo: 53 mulheres saudáveis com peso normal: um grupo com 4,2gr de CLA/dia e outro grupo com azeite, por 12 semanas:
- redução do HDL (bom colesterol) em ambos os grupos;
- aumento da glicemia pós-prandial (= aumento da glicose de depois da refeição)
- aumento dos TROMBÓCITOS.
 

EFEITOS COLATERAIS - DISCUSSÃO
Tanto o isômero de CLA cis9trans11 quanto o trans10cis12 são ácidos graxos TRANS, que têm relação negativa dos lipídeos sangüíneos. Um aumento de 2% das calorias em ácidos graxos TRANS aumentam a relação entre LDL e HDL em 0,1, o que corresponde a 5% de aumento no risco de doenças cardiovasculares. Ao se consumir 3,5gr de CLA/dia, isto equivale a 1,5% da energia de uma dieta de 2000 kcal.
Um estudo com ratos avaliando lipoproteínas séricas, fosfolipídeos hepáticos e composição corporal: enquanto pequeno efeito na composição corporal foi observado, houve redução do colesterol total e HDL e aumento da glicemia, o que fortalece os achados com humanos que mostram um aumento na resistência à insulina.
Em gestantes: para cada 1% no aumento da energia com CLA, o peso da criança cai 310gr.
Em lactantes: o uso de CLA reduziu gorduras essenciais do leite materno.
Os mecanismos pelos quais os isômeros de CLA afetam o metabolismo de gorduras ainda não foram documentados. Mas parece provável que hajam mecanismos além dos já conhecidos, como se vê na redução da concentração do HDL colesterol, aumento da resistência à insulina e aumento da oxidação lipídica. O principal efeito reportado pela Norwegian Medicine Authority e confirmado pelos estudos foi a ESTEATOSE HEPÁTICA.
 
CONCLUSÃO desta revisão bibliográfica:
“Produtores e distribuidores de produtos de CLA mantêm erroneamente que os usuários estão suplementando suas dietas com uma substância que está reduzida nas dietas devido à industrialização. O isômero trans10cis12 nunca ocorreu naturalmente em alimentos nas concentrações que são recomendadas nos suplementos. Este isômero parece reduzir a gordura corporal  causando esteatose hepática em animais. Além o mais, é este isômero que parece ter a maioria dos efeitos adversos nos parâmetros metabólicos em humanos.
Há poucos estudos viáveis em humanos como uma base para avaliar os efeitos adversos do CLA ou sua ausência. Nos estudos que demonstraram a desejada redução da gordura corporal, mudanças metabólicas também vistas, como uma redução no HDL, aumento na resistência à insulina e aumento de substâncias relacionadas com a oxidação enzimática e não enzimática na urina. A documentação sugere que a suplementação com CLA pode ter efeitos prejudiciais em homens com síndrome metabólica, assim como em gestantes e lactantes.”
 
EM RESUMO:
Nos poucos estudos que mostraram uma IRRELEVANTE perda de gordura corporal, também se mostrou:
- Redução do HDL (que seria o colesterol protetor das artérias), o que predispões a doenças cardiovasculares;
- Aumento da resistência à insulina, com aumento da glicemia (o que pode levar ao DIABETES TIPO II);
- Esteatose hepática (= acúmulo de gordura no fígado, que pode evoluir para cirrose hepática)
 
Carmen Zita Pinto Coelho, traduziu e resumiu esta revisão bibliográfica de:

Margaretha Haugen, Rose Vikse, Jan Alexander – Do Instituto Norueguês de Saúde Pública, Depto de Toxicologia de Produtos Alimentícios, Divisão de Medicina Ambiental, Oslo.
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